Encontro definiu novos rumos para o movimento estudantil na defesa da educação pública
Texto e fotos Giliane Greff
O I Encontro dos Estudantes do IFRS ocorreu nesse sábado e domingo, 13 e 14 de outubro. Cerca de 150 estudantes de diversos campi espalhados pelo estado participaram do evento, que ocorreu no campus Porto Alegre. Com o tema “Resistir para existir”, o evento debateu as estruturas do IFRS e o fortalecimento dos núcleos de ações afirmativas do movimento estudantil na defesa da educação pública.
Para a presidente do DCE do campus Porto Alegre, Gislaine de Freitas, o objetivo é trazer todos os alunos para dentro do movimento estudantil, para que eles percebam a importância desse engajamento . “Vivemos um momento muito difícil para educação. Com corte de verbas, a educação está sendo sucateada, então, precisamos de alunos comprometidos com essa causa” afirma ela.
Diversos representantes de entidades a favor da educação pública participaram da mesa de abertura. O diretor de Assuntos de Carreira do Ensino Básico Técnico e Tecnológico (EBTT) da ADUFRGS-Sindical, Eduardo Silva, reforçou a necessidade de todos os alunos se mobilizarem, destacando que “educação não é um serviço privado, é um direito de todos. A existência de um instituto federal permite que todos tenham acesso ao mesmo padrão de qualidade e, por isso, esses estudantes tem que lutar”.
O reitor do IFRS, Júlio Xandroi Heck sinalizou o apoio da reitoria ao encontro. Segundo ele, os institutos federais estão presentes em cidades mais distantes, onde as faculdades não estão. “Para nós, hoje, é um dia muito importante, um dia histórico, praticamente estamos reunindo todos os campi dentro do mesmo espaço e a expectativa é que ocorram outros encontros como esse, pois precisamos de um movimento estudantil forte”.
O diretor do campus Porto Alegre do IFRS, Marcelo Schimitt, afirmou que devido à distância dos campi dos IFs, os alunos encontram mais dificuldade de se reunir e debater o próprio instituto, mas é imprescindível que ocorra um momento assim para debater a educação pública em todos os aspectos.
O evento teve organização dos DCEs dos três campi, com coordenação de Gislaine Caetano e dos presidentes Carlos Eduardo (Campus Caxias) e Ariyeli Ortiz (Campus Feliz).
Para debater os assuntos relacionados ao movimento estudantil, foram formados dez grupos de trabalho. Entre os temas em pauta, estava a assistência estudantil, Fundeb, financiamentos estudantis, LGBT e políticas de inclusão.
No final do encontro, foi proposto a criação de um conselho, com participação de um aluno representando cada campus. Segundo Gisele, o Conselho terá papel fundamental para unificar e fortalecer as ações do movimento estudantil.